terça-feira, 6 de outubro de 2015

Amor e outros desastres

(...) e outros desastres.

Brunelli, Sra. Brunelli, assim que gostava de ser chamada, no ápice (pessoal) da idade agora acreditara garantir o melhor lugar no coração de seu marido.
Vida nada difícil, enquanto o caos seguia no mundo paralelo ela cortava os cabelos e discutia o cardápio com a governanta. Mulher de sorte, digo: mulher de segunda sorte, a primeira não era de tanto sucesso, a família pertencia à classe média da capital do Paraná.
Então acertara em cheio ao casar-se com o Sr. Brunelli, homem bem sucedido, família rica, a essa altura com certa barriga e várias rugas.

Quando estabeleceram o sagrado matrimonio haviam pronunciado em auto e bom tom para que todos os 520 convidados ouvissem: - Até que a morte nos separe. E esse é o exato momento que o racional não funciona e o coração omite que até lá (a morte) virão às frieiras, rugas, barrigas, rabugens e companhia; Contudo promessa é divida e ela a cumpriria a todo e qualquer custo.
A união selada naquele dia com tanto amor, não vinha lá às mil maravilhas, uma dúvida incomodava a esposa, o marido não comparecia ao campo com nada além de muito sono.
No dia seguinte a cabeça mirabolante da mulher arma um plano, acorda antes que a mesa do café estivesse posta ou que o seu cofre ousasse se mexer, (afinal hoje em dia os cofres andam mudando a senha e se as digníssimas não se atualizarem eles trocam as complexas senhas de 50 caracteres pelas de 20).

Cabelo ruivo achocolatado, uma passada na depilação, uma camisola preta estilo “miss”. O telefone toca, era o marido dizendo que a reunião importante irá até as 21h30h.
“Pois bem, será lá mesmo” pensa ela. Camisola, sobretudo, carro, escritório, abre a porta da sala dele... Surpresa.

A loirinha, recepcionista havia chego antes com 20 anos a menos, a esposa, ex ou qualquer coisa assim, na confusão dos fatos já nem sabia mais, paralisa, olha, enche os olhos de lágrimas, mas não as derrama.

Caminha lentamente até a vidraça do prédio e cumpre a promessa.
Para destinos que não deveriam ser deve existir uma fórmula da reconquista não é? 

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